1º Fórum de Debates
"Violência nas Escolas"
No dia 05/10/09, participei do 1º Fórum de Debates Violência nas Escolas, promovido pela Comissão Especial de Estudos (CEE) da Câmara Municipal de Ribeirão Preto, que apura a violência e as drogas dentro das escolas.
Na oportunidade, destaca-se as participações do Juiz da Infância e Juventude Dr Paulo César Gentille e do Psicólogo da USP Dr Sérgio Kodato, que são especialistas no tema.
CMT GCMAndré TavaresVeja abaixo notícia publicada no Jornal Gazeta de Ribeirão.
Falta mais assistência
Violência entre jovens
Segundo juiz, maioria dos adolescentes infratores precisaria de tratamento contra vício de drogas
GABRIELA YAMADA
Gazeta de Ribeirão
gabriela.yamada@gazetaderibeirao.com.brDos cerca de 200 adolescentes encaminhados por mês à Vara da Infância e Juventude de Ribeirão Preto, 80% deles usam drogas e necessitam de tratamento. Destes, 99% estão fora da escola e o tráfico pode ser considerado entre os jovens da cidade uma epidemia social.
As informações foram dadas ontem pelo juiz da Infância e Juventude, Paulo César Gentile, a professores e diretores de escolas das redes municipal e estadual de Ribeirão durante o 1º Fórum de Debates Violência nas Escolas, promovido pela Comissão Especial de Estudos (CEE) da Câmara que apura a violência e as drogas dentro das escolas.
A intenção de tirar o adolescente do tráfico de drogas em Ribeirão, entretanto, esbarra na falta de uma comunidade terapêutica para o tratamento de adolescentes usuários de entorpecentes, o que foi criticado pelo juiz. “O Hospital das Clínicas acolhe o adolescente usuário somente com ordem judicial. O Hospital Santa Tereza não atende adolescentes com menos de 16 anos de idade. Ribeirão, uma das cidades mais ricas, não tem uma comunidade terapêutica e isso é um absurdo”, disse o juiz. A vereadora Gláucia Berenice (PSDB), que faz parte da CEE, afirmou que no começo do ano que vem Ribeirão deverá ter uma rede mais integrada de atenção ao adolescente, com a implantação de um Centro de Atenção Psicossocial voltado para o atendimento de crianças e adolescentes com transtornos mentais. Além disso, segundo ela, serão definidos atendimentos no HC e no Santa Tereza. No primeiro, a Enfermagem deverá atender usuários adolescentes e o segundo deverá abrir 12 leitos para atender adolescentes em crise emergencial.
LIBERDADE ASSISTIDA.
O juiz afirmou que existe um preconceito entre os diretores e professores das escolas contra os 400 adolescentes que cumprem a Liberdade Assistida (LA) como uma medida socioeducativa. “Sei que é difícil lidar com o adolescente infrator. Mas se há a pretensão de viver em sociedade não violenta, não podemos nos furtar de mais essa obrigação”, afirmou Gentile.Professores não têm estruturaDiretores e professores de escolas estaduais de Ribeirão Preto disseram ontem que não têm estrutura e nem profissionais gabaritados para atender as necessidades dos adolescentes que cumprem Liberdade Assistida (LA). Uma diretora de uma escola do bairro Salgado Filho 1, que não quis se identificar, afirmou que houve uma diminuição no número de alunos da Educação para Jovens e Adultos (EJA) porque os adolescentes que cumprem a medida socieducativa no local criaram conflitos com os adultos. Segundo Mauro da Silva Inácio, conselheiro do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), seria importante que as escolas tivessem psicólogos e assistentes sociais para auxiliar os professores e diretores que recebem os alunos em LA. (GY)
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